Neste artigo, enfatizo a relevância da mente e da palavra como instrumentos poderosos para co-criar e manifestar nossa realidade. Neste contexto, exploraremos a importância da verbalização consciente e seu impacto no mundo, em nossa jornada pessoal e na conexão com as dimensões mais elevadas de nossa essência.

NO COMEÇO ERA O VERBO

Muitas culturas absorveram elementos que destacam o poder das palavras, símbolos e escritos. O exemplo é literatura cristã – a bíblia – que no evangelho de João postula:

“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez.”

Em uma análise mais profunda e equilibrando racionalidade e espiritualidade, essa passagem destaca a importância fundamental e a primazia do “Verbo” (ou “Palavra”) na criação e na existência. Pode ser interpretada de diversas maneiras, incluindo a ideia de que a comunicação (ou a expressão através da palavra) é essencial para a existência e para a co-criação.

A IMPORTANCIA DE OLHAR PARA DENTRO

O autoconhecimento é a chave mestra que refina nosso processo de co-criação intencional da realidade, ele é o compasso que nos guia a uma vida mais consciente.

Conhecer a si mesmo, olhar para seus sentimentos e necessidades é divino, justo e uma pura manifestação de amor.

“Se não valorizarmos nossas necessidades, é provável que os outros também não as valorizem” cita Marshall B. Rosemberg em seu livro Comunicação Não Violenta.

Ao conhecermos a nós mesmos, exercitamos a habilidade de selecionar palavras com propósito e assumir total responsabilidade por elas. A linguagem vai além de simples palavras; ela tem o poder de esculpir nossa realidade, refletindo nossa consciência em cada nuance.

O autoconhecimento atua como um maestro habilidoso que, com sua batuta, coordena a melodia de nossas palavras, pensamentos e ações, tecendo uma sinfonia de autenticidade e empoderamento pessoal. Esse maestro encontra seus momentos ideais de manifestação em estados de desdobramento, meditação ou, se preferirmos chamar, introspecção.

Dessa forma, questione-se:

  1. Quando foi sua última imersão em uma introspecção mental profunda?
  2. Quando você dedicou um momento para dialogar consigo mesmo e relaxar fisicamente?
  3. Quando se permitiu um gesto de auto-cuidado para se sintonizar com emoções elevadas e ser preenchido por uma inspiração criativa?

ECOS DO INCONSCIENTE: A LINGUAGEM COMO ESPELHO DA REALIDADE

Podem as palavras realmente transformar nossas vidas?
A resposta é um retumbante “sim”!
A comunicação, particularmente aquela emanada das cordas vocais humanas, é uma ferramenta potente que influencia nossa relação com o cosmos. A filosofia hermética, com suas raízes na antiguidade, nos ilumina sobre a magia da linguagem e sua capacidade de manifestar realidades. Em um renomado podcast, ouvi a seguinte afirmação:

“Se quiser se sentir triste, é só dizer palavras tristes. Se quiser se sentir poderoso, capaz e forte, basta dizer palavras de empoderamento e força.”

Embora haja verdade nessa declaração, ela merece uma análise mais profunda.
Relatos e vivências indicam que a verdadeira transformação se origina em uma conexão mental profunda. Esse mecanismo torna-se ainda mais palpável quando incorporado consistentemente em nossos hábitos e respostas cognitivas.

Ao longo das décadas, estudiosos como Charles Duhigg, Antonio Damasio e David Eagleman têm se debruçado sobre a premissa de que muitas de nossas escolhas e comportamentos são conduzidos pelo inconsciente e por padrões habituais. Esses insights revelam que o cérebro, na sua incessante busca por otimização, automatiza funções para conservar energia. Assim, grande parte de nossas decisões é moldada por emoções, muitas das quais operam subliminarmente.

Reprogramar essa central interna é uma tarefa árdua. Esta fortaleza é vigorosamente guardada pelo ego, que resiste a alterações em seu status quo. Há um vasto universo a ser explorado e, em nossa jornada didática e alquímica, focamos na Lei do Mentalismo e na Lei da Vibração.

MENTALISMO + VIBRAÇÃO

Começaremos pensando, criando e imaginando que cada palavra é como uma semente plantada no solo fértil da mente. Algumas sementes germinam em árvores frutíferas, enquanto outras podem se tornar ervas daninhas.

A Lei Hermética do Mentalismo nos lembra que “Tudo é Mente”, e nesse contexto, o vocabulário que escolhemos se torna a matéria-prima para a construção de nossa realidade interna e externa.

Agora, pense na Lei da Vibração. Cada palavra carrega uma frequência, uma energia vibratória que ressoa em nosso ser e no universo ao nosso redor.

Quando adotamos consistentemente um vocabulário positivo, intencional e responsável, estamos sintonizando nossa antena mental para captar e emitir frequências que favorecem essas intenções, comandos ou desejos.

CO-CRIAÇÃO

Nós somos a pedra filosofal

Por que co-criação? Porque já está criado, você apenas acessa, absorve integra ao seu mental, fazendo com que o objeto da criação passe a existir no mundo, ou seja, é co-criado.

Co-criar não é simplesmente fazer algo novo, mas sim integrar-se ao que já existe e adicionar sua própria essência, sua própria “alquimia”, ao caldeirão da realidade. É como se cada um de nós fosse um alquimista com sua própria pedra filosofal, capaz de transformar elementos da realidade já existente em algo único e pessoal.

Mente: “Nossas antenas espirituais”

Nas aulas do instituto Sananda, os iniciados são estimulados a imaginar que a mente é como um rádio sintonizado em uma frequência específica. Quando você pensa intensamente em algo, é como se ajustasse a estação para uma frequência específica. De repente, tudo ao seu redor que está na mesma “frequência” começa a se manifestar com mais clareza. É um fenômeno semelhante ao da “Ressonância Mórfica”, uma teoria proposta pelo biólogo Rupert Sheldrake, que sugere que “semelhante atrai semelhante”.

No universo da psicanálise e da neurociência afetiva, esse fenômeno pode ser explicado pelo conceito de “neurônios-espelho”. Essas células cerebrais são ativadas tanto quando realizamos uma ação quanto quando observamos alguém realizá-la. Em termos mais espirituais ou herméticos, poderíamos falar sobre a Lei da Atração ou Sincronicidade, conceitos que tratam da interconexão de eventos que aparentemente não têm relação causal.

O Universo como Tela em Branco:

A realidade já existe, sim, mas ela é também como uma tela em branco que está à espera das cores que só você pode adicionar. Cada pincelada sua, cada pensamento, ação ou emoção, é uma forma de co-criação. Você está constantemente adicionando novas camadas de complexidade e beleza à tapeçaria da existência.

A Alquimia da Mente:
Aqui entra o conceito de “alquimia mental”. Ancorado no hermetismo, reconhecemos que a mente possui a capacidade intrínseca de transmutar e alterar estados, evocando as alegorias onde os alquimistas aspiravam converter metais simples em precioso ouro.

Chakra Laríngeo – O Portal

O Chakra Laríngeo, localizado na garganta, é o centro energético que governa a comunicação e a expressão. Ele é como um portal entre o mundo interno e externo, permitindo que nossas ideias e sentimentos se manifestem através da palavra.

Agora, imagine esse chakra como uma torre que emite sinais de radio e que opera sob as Leis Herméticas do Mentalismo e da Vibração.
O Mentalismo nos ensina que

“Tudo é Mente; o universo é mental.”

Quando falamos, não estamos apenas emitindo sons, mas também vibrações que têm o poder de moldar a realidade. Cada palavra pronunciada é uma co-criação, um ato mágico que pode influenciar tanto o emissor quanto o receptor.

Neste contexto, a Lei da Vibração entra como a musicalidade daquele maestro que dá vida à letra da nossa canção, a vida. Tudo no universo vibra; nada está em repouso. Quando alinhamos as vibrações do nosso Chakra Laríngeo com intenções claras e positivas mentalizadas e co-criadas em nossa mente, entramos em sintonia com as frequências mais elevadas do universo.

É como se estivéssemos compondo uma sinfonia circular cósmica, onde cada nota ressoa não apenas em nosso ser, mas reverbera através do tecido das realidades, tempos e dimensões. A co-criação, então, não é um ato isolado, mas uma dança eterna entre o individual e o coletivo, o micro e o macro, sempre regida pelas leis imutáveis do Mentalismo e da Vibração.


Dualidade: O Dançarino e o Cético

Numa dança cósmica, caminhamos pelo fio da existência, oscilando entre a vastidão do inexplicável e a precisão das técnicas “validadas” pelo homem. Em um universo tão vasto e misterioso, nossa existência finita, por vezes é incapaz de decifrar todos os seus segredos.

Cria-se um portal de escolha, o portal da Fé, do sentir e se conectar internamente com o divino em nós.

No mundo de hoje, técnicas como a PLN (Programação Neurolinguística) e a CNV (Comunicação Não Violenta) podem enriquecer o caminho para aqueles que anseiam por um entendimento mais profundo da comunicação e dos processos linguísticos. Elas representam a tentativa humana de desvendar, com “metodologia humana”, os enigmas da linguagem.

Por outro lado, há um sussurro etéreo, uma inspiração divina que ressoa em nossa consciência, especialmente daqueles que desafiam co-criar fora dos padrões sociais e culturais normativos, tradicionais e estereotipados.

Em nossa jornada, é essencial encontrar um equilíbrio: se permitir vivenciar o divino e suas as inspirações mediúnicas, insondáveis e únicas, ao mesmo tempo em que valorizamos as ferramentas materiais que nos auxiliam em nossa existência terrena. Pois, embora a ciência possa nos oferecer “controle” e “mensuração”, a essência da vida muitas vezes reside no inexplicável.

Reflexões para Estimular o Autoconhecimento:

  1. Em que momentos você se sente mais inclinado a seguir sua intuição divina e quando se volta para técnicas e métodos?
  2. Como você equilibra sua vida material com suas experiências espirituais e emocionais?
  3. De que maneira a dualidade entre o tangível e o intangível influencia suas decisões e perspectivas?

CONCLUSÃO

Nós somos seres divinos e co-criar é um ato revolucionário de assumir a responsabilidade pelo mundo que habitamos, reconhecendo que, embora a realidade já tenha suas estruturas, ainda há espaço para nossa contribuição única.

Quando mentalizamos, formamos e criamos algo em nossa mente. A voz executa os comandos, emitindo vibrações em si, nas pessoas e no mundo ao seu redor.

Afinal, como diz o velho sábio, o universo é um livro em branco, e você é o autor da sua própria história. Iremos sugerir abaixo uma prática, para que você possa pedir e co-criar em prol da vida, sob as mais rigorosas ordens e leis divinas 😉

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